Bom dia Amiga.
Bem, espero que vc ainda confira seus e-mails. Por vezes
tenho a impressão de que sou a única que ainda usa isso. Fazer o que? Existem
traumas da faculdade que persistem por vidas a fio.
Pois bem. Hoje li uma crônica que falava sobre os blogs que a alguns anos eram uma forma de expressão juvenil silenciosa mas de grande
alcance. Lembrei-me do nosso blog e reli alguns textos.
Um deles me chamou mais atenção: “Sou boneca, sou palhaço,
ponto de interrogação...” lembra-se? Foi você quem escreveu a um bom tempo.
O que me impressiona, é como naquela época, tínhamos
absoluta certeza do que éramos, do que deveríamos ser e do que esperávamos da
vida. Ao olhar pra trás, tenho a sensação dessas certezas já tão concretizadas.
Mas como era difícil conviver com isso. Aceitar isso. Tantas pessoas até hoje
buscam o que já tínhamos a tanto tempo... E como tantas vezes queríamos
simplesmente não ter, pra não sentir.
Mas, ao menos, não demorou muito pra que tivéssemos a
resposta pra uma das questões que foram levantadas nesse texto, em conversas,
em crises, em orações... Vale a pena ser assim? O SIM já estava lá, só não amenizava nossas angústias e conflitos.
Como dizia o Fernando, “difícil mesmo é ser”, e como tivemos
dificuldade em viver de acordo com nós mesmos, “sendo essência e muito mais”,
de forma descomplicada, sabendo que a simplicidade é as vezes tão complicada
quando a felicidade. Estar “Além, porem aqui” teve custos. Mas foi um preço tão
baixo perto das conquistas que tivemos.
Ter “aturado o tom de vil alegoria”, que nos
colocava em contato com a ideia ilusória de que, talvez, fazer parte e cultivar aquela euforia fugaz e efêmera que tantos pregavam, trazia conflitos; e nos fazia
pensar que aqueles que ligavam o F** tinham uma vida tão mais tranqüila.
Mas não, amiga, hoje a gente vê que não valia a pena. Que a nossa simplicidade
complicada foi necessária pra, por exemplo, estarmos aqui planejando nossa
viagem. Ou discutindo sempre que nos encontramos nossas conquistas profissionais;
ou aumentando nossa família afetiva.
Em relação a nossa viagem, a Tainha disse que já está
fazendo o roteiro. Amanhã ela chega do Egito (e eu espero que ela traga
presentes).
E meu afilhado lindo? Como está? Tô com tanta saudade.
Abraços,
Lala
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