sexta-feira, 4 de abril de 2014

Sobre o que fica gasto de tanto se dizer

O vídeo do filtro solar diz que conselho e uma forma de nostalgia. Pois eu, que sou ousada, digo ainda mais: Os clichês são uma forma de nostalgia. A juventude é uma dádiva, e se você é jovem ainda, amanhã velho será. O que, na verdade é bom, pois panela velha é que faz comida boa.
Mas vamos parar de encher linguica e ir direto ao ponto, pois para um bom entendedor, meia palavra basta.


Alguns dos que estão lendo esse texto, (talvez muitos) já tenham se deparado com a situação em que soltar um clichê se torna irresistível, quase como perguntar se macaco quer banana.
Onde não importa o que se diga, só o bom e velho "não é você, sou eu" ou o "siga o seu coração" vão conseguir traduzir exatamente o que você quer dizer. O que é uma pena, pois pra quem escuta uma frase dessas, as palavras ouvidas são só "blablablá era melhor ficar calado."
Não sei se vocês já repararam, mas os mais velhos são os senhores do clichê. Que usam sem dó, até desbotar os coitados. Criam ditos populares, jargões, e outros conselhos prontos ansiosos para serem usados. E quando tem uma oportunidade, ficam igual pinto no lixo.
Acontece que a medida que a gente vai ficando mais velho e vai tomando na cara pela vida... Essas frases fazem cada vez mais sentido e as vezes a gente até se arrepende por não ter dado atenção a elas antes.
Ah, se naquela época eu tivesse a cabeça que tenho hoje, as coisas seriam diferentes.
Não seriam, os clichês, uma forma de antecipar experiências? Um aviso de que não precisa se passar pela mesma coisa dos nossos pais, avós e tios, para aprender o que eles aprenderam, se simplesmente levarmos a sério as frases tão batidas que eles dizem? Confia em mim, eu sei o que tô dizendo!
E é por isso que eu digo que clichê é uma forma de nostalgia. Talvez essas pessoas apenas quisessem ter ouvido mais, ou um pouco antes, os clichês da vida, e por isso eles continuam se repetindo infinitamente. (afinal, água mole em pedra dura...)
Mas não se preocupe se não entendeu o que eu quis dizer, talvez entenda daqui há alguns anos. Ou não. Mas lembre se que o pior cego é aquele que não quer.
Obrigada por ter lido até aqui, um passarinho verde me falou que ler sobre clichês cansa. Se não quiser pensar mais sobre isso, não tem problema. Mas ocupe seu tempo, afinal cabeça vazia é oficina do capiroto.

Um beijo e um queijo!


Sara Melo. 

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